11/30/2015 12:16:00 PM

Crítica: Love

Love



"Love" novo longa do argentino Gaspar Noé conta a história de Murphy, que após receber uma ligação da mãe de sua ex-namorada pedindo informações a ele porque a garota desapareceu, passa a relembrar os momentos de seu relacionamento com a mesma.

Esta obra de Noé remete a dois longas de autoria dele, "Irreversível" na sua cor e no seu final e "Enter the Void" na sua estrutura, a cor vermelha predomina nas cenas de sexo (Que são várias) e a estrutura das memórias não segue uma ordem com exceção da primeira que mostra o final do relacionamento e da ultima que mostra o começo, assim como em "Irreversível" o filme começa pelo final.





Um final ruim para Murphy que em duas horas e quinze de projeção relembra diversos momentos vividos com Electra, do tempo já citado de filme vinte e sete minutos são de cenas de sexo e desse tempo oito minutos são pertencentes a sequencia do menage a trois, cenas que em geral são apresentadas com a tonalidade vermelha, amarela ou laranja, com predominância do vermelho que é a cor da luxuria (Cor que predomina- novamente - em "Irreversivel").

Há no filme todo um choque de costumes entre a cultura americana (Conservadora) e a europeia (Liberal) esse costume fica claro em uma cena do terceiro ato quando o casal anda e fala sobre o que fizeram - e com quem fizeram - na noite anterior. A trilha sonora merece destaque, escolhas bem feitas que permeiam as cenas de forma orgânica e que deixam uma ótima impressão de qual cena virá a seguir.

Filme prejudicado por sua longa duração, talvez se ele tivesse menos tempo a história seria mais envolvente, porém bem escrito, com um elenco que remete - de novo - a "Irreversivel" pois Karl Glusman (Murphy) tem o mesmo perfil de Vincent Cassel, e Aomi Muyock (Electra) tem o mesmo perfil de Monica Bellucci, "Love" é um bom filme, mas na obra do diretor perde espaço para outros trabalhos.

Por conta das diversas semelhanças com "Irreversivel" recomendo que assistam a esse longa, que é uma historia muito mais cruel e fria e não é indicada para quem tem estômagos fracos, mas a obra de 2002 é um trabalho melhor e mais marcante do que este atual filme do ótimo Gaspar Noé.

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