11/29/2022 09:10:00 PM

Crítica: Noite Infeliz

Noite Infeliz
Imagem: DIVULGAÇÃO / Universal Pictures
Não há dúvida que o principal atrativo de "Noite infeliz" é ser um filme de natal que estreia perto da data comemorativa. Não sei se foi proposital, mas com certeza isso vai levar pessoas ao cinema para ver o filme dirigido por Tommy Wirkola.

Acompanhamos, "literalmente", o Papai Noel, que aqui é um John Wick com um grande saco de presentes, David Harbour (de Stranger Things) é o nome da emoção, quando esse, ao ir entregar um presente após uma noite de bebedeira, na véspera de natal, precisa salvar a família de Trudy, uma menina de uns 10 anos, de um assalto a casa da vó dela.


Wirkola não tem nenhuma intenção de tornar o filme mais do que é, ou seja, vemos puro entretenimento, do começo ao fim, sem uma ideia por trás da história ou algo assim, nada profundo, mas também nada muito raso.

Por mais que muitas vezes isso seja um indicativo ruim, o que poderíamos esperar de um declarado filme de natal, a não ser algumas risadas, um romance simples, um drama familiar facilmente resolvivel e ação? Não é justo tentar achar nesse filme algo a mais do que ele é e quem tenta fazer isso é alguém chato, algo que sou, claro, mas não a esse ponto.

Harbour entrega o que foi pedido dele, um Papai Noel alcoolatra e levemente sarcástico, que sabe lutar muito bem (a cena no armazém é divertida). Esse sarcasmo ajuda no humor e na construção do personagem, já que a dinâmica dele com Trudy, revela um homem completamente diferente daquilo que o filme tinha mostrado até então, a criação de camadas para uma obra, mesmo que despretensiosa, é importante para o andamento dela.

Além disso, as cenas de ação são, apesar de comuns, boas, dá para enxergar o que está acontecendo nelas, ao contrário de muitos filmes recentes do gênero. A já citada cena do armazém é um bom exemplo disso, um Papai Noel simplesmente empunhando um martelo enquanto luta no escuro e no meio do nada.
 
Tommy Wirkola faz um filme de natal típico, que tem de tudo um pouco. Não sei se ele vai ser lembrado daqui há anos como um clássico natalino, a não ser, claro, por aqueles que amam a data e filmes desse tipo.

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