Crítica: Megatubarão 2

Imagem: DIVULGAÇÃO / Warner

O primeiro "Megatubarão" relata um evento canônico na vida de todo careca. Quando Jonas Taylor é taxado de maluco ao falar da existência do motivo do título do filme, para, algum tempo depois, as pessoas que o chamaram assim reconhecerem a assertividade do careca.

"Megatubarão 2" dirigido por Ben Wheatley é a continuação desse evento canônico, onde novamente o careca Jonas Taylor (Jason Statham) está a frente de uma equipe de mergulhadores, para acabar com a ameaça dos tubarões e preservar o ambiente onde eles vivem.

Interessante ver como o filme assume de vez o gênero "careca enfrentando monstros", pois em "Megatubarão 2", tem muito mais do que tubarões como ameaça, há também lulas (faz o L), polvos e crocodilos.

Além de tornar a ameaça maior, ao colocar outras feras para serem enfrentadas pelo protagonista no auge de sua calvície, "Megatubarão 2" também traz Jessica Biel de volta após um tempo (ou ao menos de volta após um tempo que eu não a via, para ser honesto) e um vilão que parece muito o ex-bbb Eliezer e uma nova personagem (sua namorada) que é claramente uma referência a ViihTube. 

Outro ponto interessante de abordar é o crescimento de Meiling, filha de uma das mergulhadoras no primeiro "Megatubarão". No filme 2, além de ter um papel importante e ajudar o careca, ela confirma outro ponto canônico: todo careca gosta de crianças.

Tanto no filme 1, quanto em "Megatubarão 2" e em "Velozes e Furiosos 8”, Jason Statham não apenas protege crianças (e no caso de "Velozes" ele tem um arco sensacional com um bebê que precisa salvar) como se dá bem com elas e cuida delas.

Aqui, ele é a figura paterna de Meiling e está claro como ela também gosta dele, não apenas o obedece devido ao fato dele ser o adulto da relação, mas entre eles há um laço de carinho exposto pelo filme.

Jason Statham não usa dublês para as suas cenas de luta e isso o transforma no Tom Cruise careca. Independente disso, surpreendente ver que as sequências de ação de "Megatubarão 2" não apostam apenas em fugir das criaturas (o que dizer do careca mergulhador segurando um arpão como se fosse uma katana?) mas também em lutas corpo a corpo entre humanos, por mais ultrapassado que o filme faça isso parecer, o que não é uma reclamação.

Assim, "Megatubarão 2" continua a fazer o que seu antecessor fez, retratar um careca como uma pessoa doce após um evento canônico e colocar a calvície como protagonista quando se tem um tubarão no filme é algo bom e divertido de se ver. Ben Wheatley, o careca Jason Statham (também produtor) e o tubarão podem ser uma parceria de sucesso no futuro.