11/16/2015 02:09:00 PM

Crítica: Disque M Para Matar

Disque M Para Matar


Filme de Alfred Hitchcock de 1954, que conta a história de Tony quando este decide matar a mulher chamada Margot, por conta do dinheiro que ela deixou em testamento. O motivo? Não apenas o dinheiro, mas Tony descobriu que ela tem um caso com um escritor americano chamado Mark, e que este escritor está na cidade de Londres no momento, o casal vive na capital britânica.

Obra excelente, e o mais interessante não é a história clássica de filmes policiais que segue a linha: Crime- Investigação- Revelação do Culpado, nesta projeção é diferente, pois o crime não dá certo, mas a investigação ocorre, e todo o desenvolvimento do filme ocorre com a investigação, é ai que estão as melhores cenas, e a revelação do culpado ocorre exatamente nos últimos cinco minutos, e não poderia ser diferente, até porque Hitchcock é o mestre do suspense.

Existe uma semelhança entre o filme de Woody Allen chamado Match Point, lançado em 2005, e este clássico de Hitchcock, pois no filme de Hitchcock, um ex-tenista profissional (Tony) que decide arrumar um emprego fixo, descobre que a mulher o traiu com um escritor americano, e em Match Point, um também ex-tenista profissional que decide arrumar um emprego fixo, se envolve com a mulher do magnata que o contrata e comete adultério.

Ambos os personagens largaram o esporte profissional, porém não o esporte em si, pois o personagem de Hitchcock trabalha em uma empresa de artigos esportivos que “Não é muito lucrativo, mas eu tenho mais tempo” e o personagem de Allen passa a dar aulas de tênis para homens e mulheres.





No entanto, já com 15 minutos de filme percebemos a principal diferença entre ambos, pois em Match Point, o personagem não é cruel, é um apreciador da literatura e do esporte, e não quer fazer nada de ruim, o que muda durante a obra, e, no entanto o principal de Hitchcock apresenta uma crueldade, um sarcasmo e uma capacidade de manipulação que indicam que ele planejou se livrar da mulher desde quando ele descobriu a traição.

Novamente, fica nítido como a filosofia de Nietzsche está presente nas obras de Hitchcock, assim como em “Festim Diabólico”,Tony interpretado por Ray Milland, planeja matar a mulher, e ele acredita ser superior e poder fazer o que bem entender assim como o super homem de “Assim falou Zaratustra” obra do filosofo alemão.

Rimas visuais estão presentes, como por exemplo, logo no começo quando Swan está sentado, com o braço apoiado no encosto do sofá, e neste braço ele segura um cigarro, assim como o personagem de Jimmy Stewart em Interlúdio, e também há essa referencia na introdução da serie Mad Men.

Assim, percebemos como a obra de Hitchcock é rica, e sempre será moderna, pois esse diretor foi um dos maiores que já existiu.

3 comentários:

  1. Adoro suas análises e a facilidade de conseguir fazer uma ligação entre um filme e outro. Parabéns!

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  2. Admiro sua facilidade de ligar um filme ao outro através das referências. Suas análises são muito bem feitas. Parabéns!

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  3. Assisti a este filme a algum tempo atrás e gostei muito , merece ser chamado de clássico. Ligação perfeita entre um filme e outro , fica mais fácil de saber do que se trata. Parabéns Victor

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