Filme
dirigido por Tom McCarthy, conta a história de uma equipe de jornalistas que
descobre através de seu editor um caso gigantesco de abuso de crianças por
membros da igreja, sendo que a instituição esconde esses acontecimentos mudando
os padres acusados de local de trabalho.
Obra
sem nenhum erro, bem escrita e trabalhada, poderia ser uma história confusa,
abranger aspectos de direito que somente advogados e estudantes da área
entenderiam, mas, o filme não faz isso, o público consegue entender
perfeitamente tudo o que se passa na tela através dos diálogos simples, bem
construídos e inteligentes.
A
projeção também mostra a velocidade em que o jornalismo ocorre através de
cortes secos (quando troca a cena de forma mais rápida) seguidos e os diálogos
são rápidos para mostrar esta velocidade, destaco um travelling (Movimento de câmera na qual ela se desloca por um espaço) interessante
que acontece quando a equipe se reúne para compartilhar as suas informações,
até que algo é descoberto e tudo fica mais abrangente, a câmera é movida para
trás gradualmente para mostrar essa abrangência no caso e esse movimento aqui usado remete a Stanley Kubrick que adorava usar travellings para trás, porém, não é só isso,
o filme expõe um jornalismo ético o que muita gente não sabe o que é hoje em
dia, todos os membros da equipe respeitam a fonte, sendo ela de qualquer grau
de importância, e respeitam o off (Informação que a fonte não autoriza a ser
divulgada), eles se preocupam em denunciar o crime e em contar a história, a
velocidade de divulgação desta apenas fica importante depois que certa coisa
acontece e quando a reportagem está quase pronta, o jornalismo interpretativo
que é mais aprofundado aqui é exposto com perfeição.
O
elenco é eficiente, Rachel McAdams está ótima como Sacha, o mesmo pode ser dito
de Liev Schreiber como Marty Baron que é o editor chefe, mas, os destaques vão
para Michael Keaton como Walter Robinson e Mark Ruffalo como Mike Rezendes,
dois personagens bem construídos e que conquistam o público com suas
respectivas personalidades.
“Spotlight”
se torna em um novo clássico do jornalismo ao lado de “Todos os Homens do Presidente”, “Cidadão Kane” e “Show de Truman”, porque mostra um jornalismo
sendo feito de forma ética, concreta e mostra a profissão como ela é:
incrivelmente arriscada e apaixonante.
Fiquei curioso , verei com certeza.
ResponderExcluirFiquei curioso , verei com certeza.
ResponderExcluirJá assisti , gostei muito da história e mais ainda dá fotografia. Valeu
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