Filme
dirigido por Alan J.Pakula, e que conta a história do caso Watergate, que para
quem não sabe, foi um assalto ao complexo Watergate nos EUA, que fazia parte do
comitê democrata, na intenção de grampear o lugar, o assalto foi conectado ao
presidente Nixon, que após a publicação da matéria, renunciou ao cargo.
Os
jornalistas que expuseram o cargo foram Bob Woodward e Carl Bernstein,
interpretados por Robert Redford e Dustin Hoffman de maneira respectiva, a obra
mostra justamente o trabalho que os dois tiveram até a matéria final. E que
trabalho árduo, eles foram objetivos e respeitaram o off e as fontes,
principalmente aquela que chamaram de “Garganta Profunda” e sendo assim
exemplificaram como o jornalismo deve ser: ético. As perguntas feitas pelos
dois eram claras e pragmáticas, as ligações eram feitas com vontade, as
entrevistas face a face foram realizadas com um ardor incrível.
E
as entrevistas levam este texto aos aspectos técnicos, o entrevistado sempre
ficava do lado esquerdo da tela que é considerado o mais fraco, o que expõe as
ameaças que cada um deles sofreu, e eles sempre ficavam em destaque, o que
denota duas coisas: a primeira é que o ator que fazia o entrevistado tinha
tempo de tela para desenvolver a atuação e o personagem, e a segunda é que como
foi ensinado a mim em uma aula de técnicas de entrevista, entrevista boa é
aquela em que o jornalista não aparece, quem aparece é apenas o entrevistado.
A
fotografia, do mestre Gordon Willis, merece um absurdo destaque, pois mostra tudo
de forma excepcional, desde a agitação do Washington Post até a escuridão
dominante das conversas com “Garganta Profunda” a fonte mais importante de todo
o filme. As atuações dos dois jornalistas foram soberbas e Redford e Hoffman
merecem todos os méritos, e destaco o personagem interpretado por Jason
Robards, que é o editor chefe do jornal, Ben Bradlee, mostra porque este nome é
tão grande no jornalismo, homem corajoso, porem cauteloso, ambicioso e claro,
louco para expor um dos maiores casos de corrupção política mundialmente
conhecidos.
“Todos
os Homens do Presidente” mostra como o jornalismo foi idealizado, para levar as
pessoas a pensarem em tudo, desde em quem votam, até se o prato que comem foi
preparado da maneira correta, o filme expõe o jornalismo da maneira que deve
ser feito, com ética e vontade de mostrar ao mundo coisas que ninguém sabe, por
isso a profissão é apaixonante. Que os princípios destacados neste paragrafo
voltem a reinar.
P.S: A cena inicial do filme foi uma das grandes decisões tomadas pelo diretor, começar com a repercussão da reportagem no presidente Nixon, a renuncia dele.
P.S2:
O título aqui está com as letras iniciais de cada palavra por um bom motivo,
não apenas um vício de linguagem deste escreve, “Homens” quer dizer o estado e
“Presidente” quer dizer não apenas Nixon, mas todos que tem por aí e “Todos”
bom, acho que vocês entenderam...
Ouvi falar muito bem , vou assistir depois deixo minha opinião.
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