Filme
dirigido por Lenny Abrahamson, conta a história de Joy e Jack que vivem em um
quarto confinados, após um homem ter sequestrado a moça.
Obra
bonita e inteligente em seus aspectos técnicos, o quarto é retratado pela
direção de fotografia não apenas como um espaço pequeno, mas também um espaço
claustrofóbico, que oprime e assusta, assim como o sequestrador que aparece ali
toda noite. E após a saída do quarto, a ideia de mostrar como o mundo oprime a
mãe e o filho, através de planos abertos (Onde toda a paisagem aparece) foi acertadíssima,
por conta do ambiente do qual os dois acabaram de sair.
O
roteiro é bom e o desenvolvimento de Jack é o maior trunfo do filme, uma
decisão inteligente foi mostrar a visão do menino quando alguém se aproxima
dele, ele se sente oprimido pelo acontecido, o que é esperado, mas esse ângulo
de câmera permite ao espectador uma maior empatia com os personagens,
O
elenco é bom, com destaque para a dupla principal, Joy, interpretada por Brie
Larson é vivida com intensidade e carinho pelo filho, mostrando que ela como
mãe é responsável pelo menino e ama ele. Jack, interpretado por Jacob Tremblay
rouba a cena, com seus aspectos físicos e principalmente da forma que o ator
passa a grave situação psicológica que o menino encarou.
E o
menino, merecia indicações por conta de sua atuação, pois ele encara o
personagem com inteligência, quando ele está no quarto, aquele é o mundo dele e
ele fala e descreve os objetos daquele cômodo como se apenas uma versão deles
existisse, para ele, um tapete é apenas aquele que ele vê, e isso se aplica
para a cama, para os brinquedos, o que mostra uma clara referência a filosofia
de John Locke, de que a mente quando nascemos é uma lousa em branco, e Jack
passa esse pensamento e como a lousa vai se preenchendo de forma soberba.
Projeção
eficiente, “O Quarto de Jack” é um filme bom e chama a atenção por suas fortes
atuações. (Principalmente a do menino, que ator brilhante!).
P.S:
A alusão ao livro “O Conde de Monte Cristo” é maravilhosa e essencial para a
trama.
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