Filme - documentário dirigido por Petra Costa e Lea
Glob, que conta a história de uma atriz chamada Olivia, que fica gravida e é
obrigada a parar de trabalhar na peça “A Gaivota” de Anton Tchekov.
É incrível a forma como esta obra é tocante, poética
e ao mesmo tempo quebra um estereotipo: que a gravidez, durante todo o seu
período é boa e agradável. Olivia fala sobre isso logo nos primeiros minutos da
projeção e, a partir dai o publico cria empatia com a atriz. Empatia que é
reforçada pelo teatro, o filme consegue projetar algo que talvez seja o
fundamento da arte, Olivia e Serge, o namorado, se conheceram no teatro, logo
no teatro, que aproxima pessoas tanto quanto o cinema o faz.
Estruturalmente é muito parecido com o primeiro
filme da diretora Petra Costa, “Elena”, que mostra vídeos antigos que destacam
a vida da personagem principal e as paixões dessa personagem, além do afeto que
ela despertou, assim como no filme que é o assunto deste texto.
Conseguimos ver a paixão de uma mulher que, como ela
mesma diz sempre atuou, vemos como ela ama flores, musica, amigos, vemos como
ela ama o marido, o trabalho e principalmente a criança que ela carrega que a
faz renunciar aos vários prazeres que a vida lhe trazia.
Olivia é uma mãe como qualquer uma, como a sua, como
a minha, aquela mãe que faz qualquer coisa para ver seu filho feliz desde
quando a criança ainda estava na barriga. O filme é tão bonito, que consegue
quebrar paradigmas, levar empatia ao publico e ainda fazer as pessoas lembrarem-se
dos sacrifícios particulares que suas respectivas mães fizeram por elas.
E, no meu caso, minha mãe ainda faz esse tipo de
coisa e sempre o fará.
Que filme!
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