Imagem do site Adorocinema.com |
Usando isso como introdução de sua historia “A Garota no
Trem”, filme dirigido por Tate Taylor, descreve a trama de Rachel, que quando
volta para casa, observa Megan, até que, certo dia, a observada desaparece e
Rachel passa a investigar o caso por conta própria, até porque a mulher do
ex-marido junto com o mesmo, são vizinhos da desaparecida e ela se separou
recentemente.
A trama se desenvolve de forma um pouco confusa para o
espectador, alternando flashbacks da vida das mulheres com acontecimentos no
presente nunca fica claro quando o retorno para o tempo presente é feito no
filme, então, ficamos com a sensação de estarmos em um flashback grande o qual
muda de período de forma continua e rápida. Apesar disso, a vida e a rotina das
três mulheres, Rachel, Megan (Haley Bennett) e Anna (Rebecca Ferguson) fica bem
explicada e definida para o público.
Repare que falei apenas de mulheres como personagens principais,
e este é, o grande ponto positivo do filme, a representatividade, as mulheres
dominam a trama, tanto nos personagens primários quanto nos secundários, são
seis mulheres e quatro homens, logo vemos que é um filme que devota grande
atenção as personagens femininas, atenção esta que o espectador deve dar a
atuação de Emily Blunt que carrega o filme, expondo bem como é o alcoolismo e
as tensões da solidão.
Uma pena que o alcoolismo no filme seja tratado como um
problema passível de resolução apenas com novas roupas e maquiagem, já que
Rachel vai em apenas uma reunião do AA e depois já está tudo bem, ela
praticamente para de beber, renova o guarda-roupa e pronto. Este tipo de
solução ocorre com várias coisas ao longo da trama, assim como cenas mal explicadas
- Para que arrumar as malas e deixar um bilhete de despedida, sendo que, as
malas ficam no quarto junto com o bilhete e você não vai embora? Para que
mostrar isso – e ainda crimes cometidos por Rachel que passam batidos como
perseguição, calunia e falsidade ideológica. O filme se prende ao
desaparecimento e possível homicídio de Megan e só, e outros detalhes
importantes para trama, que foram apresentados ao espectador e, portanto deveriam
ser elucidados são esquecidos ao longo de quase duas horas de projeção.
Logo, “A Garota no Trem” é um longa com grande potencial e
elenco competente, que nunca chega a cumprir seu objetivo – já que o mistério que
cerca o desaparecimento de Megan pode ser descoberto pelo espectador com apenas
30 minutos de filme – e além disso, a obra nunca mostra a que veio, apenas
expondo uma confusão que poderia ter sido evitada. Poderia ser um suspense
excelente se não fosse tudo isso, mas, apenas é um longa de suspense/terror com
pontos positivos, porém, perfeitamente dispensável.
Nenhum comentário:
Postar um comentário