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Criar uma historia que é ambientada em um universo já
consolidado e que conseguiu sucesso de público e critica não deve ser uma
tarefa fácil, porém, Gareth Edwards cumpre a tarefa com maestria neste “Rogue
One” que se passa no universo Star Wars.
A história se passa antes de “Uma Nova Esperança” que é o
episódio 4 da franquia, e neste filme é contado como os planos e mapas da
Estrela da Morte são pegos por uma equipe de seis pessoas, incluindo Jyn Erso –
interpretada por Felicity Jones – que é filha do cientista que projetou a arma.
Planos esses que são essenciais para a destruição da mesma
no Episódio 4, e essa importância faz com que nos importemos com o destino dos
personagens neste filme, pois, sem eles, tudo o que veio não seria possível. E
por falar nos personagens, o ponto alto de Rogue One reside justamente neles,
porque por não ter nenhum membro da família central de toda a historia – os Skywalkers
– aqui poderia ser a maior falha do filme, mas, os arcos dramáticos de cada um
deles são tem bem construídos e os diálogos assim como as atuações são tão boas
que nos levam ao sentimento de empatia que foi descrito acima.
Outro ponto positivo no filme são as sequencias de ação, a
grande maioria delas são bem construídas e ambientadas em longos espaços, o que
facilita para que o público as veja com clareza, unida a uma montagem bem
feita, o filme apesar de suas mais de duas horas de duração nunca se torna
tedioso, pelo contrario, cada vez mais o espectador está imerso naquele
ambiente e na trama, sempre se perguntando o que vai acontecer a seguir, mesmo
que já saiba uma parte do final.
Assim como em “O Despertar da Força”, a obra é movida por metáforas
politicas e representatividade, logo, quando, em uma conversa, vemos a
protagonista Jyn dizendo que não se incomoda com as bandeiras do Império, pois,
é só não olha-las e fingir que nada está acontecendo, vemos um reflexo da nossa
sociedade no ambiente politico, e quantos pessoas, em vários países, não ligam
para o que está acontecendo nos respectivos governos?
Mas, quando ela passa a se importar, vemos que quanto maior
a educação e quanto maior a ideologia transmitida a varias pessoas, maior vai
ser a repressão que virá do governo, então, quando vemos que a equipe da qual
Jyn faz parte, é formada por dois asiáticos, um latino, um paquistanês e um robô,
vemos as minorias lutando contra a supremacia do sistema repressor, e é
justamente esse o momento politico pelo qual estamos passando.
Além disso, vemos pela primeira vez em algum filme da saga a Força e os Jedis como um tipo de religião e isso se integra muito bem as metáforas politicas descritas nos parágrafos acima, pois, assim como educação, a religião faz parte da politica e em vários momentos está integrada a ela, e novamente podemos ver isso na sociedade em que vivemos.
Com uma montagem bem feita, sequencias de ação bem construídas,
uma atuação ótima de seu competente elenco e metáforas politicas e religiosas bem construidas,
“Rogue One – Uma História Star Wars” é um ótimo filme que acrescenta muita coisa
a historia, agora, da para perceber o porque da importância e o desespero de
Leia no inicio de “Uma Nova Esperança”, e a aparição de personagens já
conhecidos causa uma sensação boa de nostalgia. Portanto, temos um bom filme e
um ótimo aquecimento para o Episódio 8 da saga, que só chega ano que vem.
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