7/17/2017 02:37:00 PM

Crítica: A Cidade Onde Envelheço - Uma Reflexão Sobre a Vida

A Cidade Onde Envelheço
Imagem: AdoroCinema

O cinema nacional vem cada vez mais, nos últimos anos, revelando bons diretores e diretoras, e graças à pluralidade de nosso país, essas pessoas nos oferecem longas variados, de diferentes temas e que se passam em diferentes cidades.

Esse é, sem dúvida o caso de “A Cidade Onde Envelheço”, primeiro longa de Marília Rocha (já conhecida pelos seus documentários), que conta a história de Teresa, chegando de viagem vai morar no apartamento de sua amiga Francisca. As duas são de Portugal e as duas são jovens mulheres, independentes e fortes.




O foco do filme nas duas personagens principais faz o público entender e se identificar com cada uma delas. A montagem favorece esse aspecto de empatia, já que a projeção é bem estruturada, sendo dividida de forma igual entre as historias das duas amigas, mostrando a vida pessoal de cada uma, seus amigos, casos, festas e compromissos individuais.

A fotografia comunica o quanto que as duas gostam de viver, através da claridade e exposição da luz, mesmo quando as cenas se passam em ambientes escuros. Esse segmento técnico faz com que percebamos que não são apenas as duas que o filme tem como personagem, mas, a cidade de Belo Horizonte também faz parte da história, conhecemos a cidade pelo olhar das mulheres, visitamos o lugar, justamente quando elas visitam.

E por esse motivo, conseguimos perceber um conflito cultural (a cena da discussão dos azulejos é um resumo desse conflito), entre os brasileiros e os europeus, vemos formas de viver diferentes, maneiras de encarar a vida e de aproveita-la também diversas, mas, nem por isso, é impossível viver com pessoas de lugares e culturas diferentes, isso fica claro na quantidade de amigos brasileiros que as duas tem.

Logo, “A Cidade onde Envelheço”, é um filme bonito visualmente, inteligente tecnicamente, que passa uma mensagem bacana de vivencia entre povos, e deixa uma reflexão perspicaz, que é onde e como viver? O que cada de um de nós fará até envelhecer? Isso, só o tempo nos dirá, mas, é algo em que vale a pena pensar.

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