As pessoas nunca são apenas uma, todos nós temos sentimentos
complexos e as vezes não podemos explicar eles. Existem filmes que abordam
justamente sobre esse assunto, o conflito interno que toda pessoa tem, a lista
abaixo apresenta quatro desses filmes, obras que são complexas, umas mais, outras
menos, porém, todas elas mostram a complexidade que cada individuo carrega.
Persona:
Filme dirigido por Ingmar Bergman, conta a história de Elisabet Vogler, interpretada por Liv Ullmann, atriz de teatro que, ao estar em um dos atos da peça Electra de Sófocles, para de falar, e se mantem assim por um longo tempo por vontade própria. A atriz vai viver na praia por um periodo, junto com ela vai a enfermeira Alma, vivida por Bibi Andersson.
Lançado em 1966, “Persona” trata a questão do ambíguo dentro
do ambiente pessoal de forma complexa e inventiva, fazendo um rico estudo de
personagem através de suas duas atrizes, e ainda passa uma mensagem de auto
conhecimento de maneira reflexiva, não atingindo apenas as
personagens, mas, e principalmente, seu público.
O filme é considerado um dos mais complexos da história
recente, e até gera debate sobre o que realmente acontece e sobre quem
realmente são as personagens tratadas no filme. A obra é considerada uma das
maiores de Bergman, juntamente com “Gritos e Sussurros” lançado em 1972.
A Vida Dupla de Veronique:
Obra que conta a história de Weronika e Veronique, interpretadas por Irene Jacob. Lançado em 1991, o filme retrata primeiro, a vida de Weronika, quando esta morre durante um concerto do qual participa, a projeção muda e passa a falar de Veronique, que assim como sua quase homônima, é cantora, mas essa da aulas de música para crianças.
Dirigido por Krzysztof Kieslowski, a obra consegue abordar
com maestria a autodescoberta e a duvida de saber quem é, e para isso utiliza
de uma fotografia bem clara em ambientes internos e sóbria em externos,
mostrando que dentro de cada um de nós há um lugar muito mais claro e rico
do que fora de nós, e ainda os figurinos escuros, mesmo nos cômodos claros, expõe a
vontade e esperança de ser feliz.
Com o filme, Irene Jacob ganhou o premio de Melhor Atriz no
Festival de Cannes realizado naquele ano.
Clube da Luta:
Lançado em 1999 e estrelado por Brad Pitt, Edward Norton e Helena Bonham Carter, “Clube da Luta” conta a historia do personagem de Norton, quando este, após seu apartamento explodir, se junta a Tyler Durden (Pitt) e funda o Clube da Luta, onde homens se reúnem para brigar entre si.
O filme, dirigido por David Fincher, faz uma critica
ferrenha e claríssima a sociedade capitalista, e juntamente com isso, ainda
expõe alguns dos transtornos de personalidade já conhecidos pela raça humana, seja no
personagem de Norton, ou na personagem de Bonham Carter.
Baseado no livro de mesmo nome de Chuck Palahniuk, o filme
se tornou um clássico cult, e ficará na historia por falas marcantes, diálogos profundos
e cenas explosivas que também caracterizam a obra literária na qual teve
origem.
O Homem Duplicado:
Filme lançado em 2013, conta a história de um homem chamado Anthony St.Claire, interpretado por Jake Gyllenhaal, e de Adam Bell, também vivido por ele. Ambos acabam por descobrir a existência um do outro. Bell passa a perseguir St.Claire, e isso da origem a uma série de acontecimentos.
A obra destaca muito bem como as pessoas são divididas
dentro de si mesmas, e como seres completamente diferentes podem habitar dentro
de um mesmo espaço físico. Baseado na obra de mesmo nome do escritor português José
Saramago, “O Homem Duplicado” traz em sua 1h35 de duração um filme complexo,
ultrajante e que dá margem a várias interpretações, completamente distintas uma
da outra.
Dirigido por Denis Villeneuve, a projeção é considerada um
dos filmes mais complexos da história recente do cinema.
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