7/08/2019 12:00:00 AM

Crítica: Bom Comportamento

Bom Comportamento
Imagem: Paris Filmes
Em 1973, Martin Scorsese fazia sua estreia na direção com “Caminhos Perigosos", filme estrelado por Robert De Niro e Harvey Keitel. Os personagens interpretados pelos dois são mafiosos e através deles o público acompanha a rotina do submundo nos bairros italianos de Nova York.

Em 2017, “Bom Comportamento”, de Josh e Ben Safdie, vai pela mesma linha do filme de Scorsese, porém, por contar com diversos imprevistos e obstáculos no caminho do personagem principal, ele se torna uma representação mais fiel da vida das pessoas, claro, dada as devidas proporções.


Connie Nikas (Robert Pattinson) e Nick Nikas (Ben Safdie), são irmãos, Nick está preso e Connie precisa de 10 mil dólares para conseguir pagar a fiança, assim, começa a fazer uma série de coisas, inclusive crimes, para juntar o dinheiro necessário e tirar o irmão da prisão.

É bacana ver como a obra se assemelha com a vida, devido aos diversos obstáculos que surgem por conta de cada erro cometido por Connie, qualquer prática realizada por ele tem uma reação, a fuga dele de alguns dos crimes que comete acarreta em falhas que prejudicam outras pessoas, mesmo aquelas que querem ajuda-lo, como a senhora da ambulância, a neta dela e até o próprio irmão.

Para tudo isso acontecer é necessária uma montagem efetiva, que é o destaque do filme. A edição é simples, porém é isso que faz o curto espaço de tempo pelo qual acompanhamos Connie ser tão bem-disposto. Acompanhamos o personagem por aproximadamente um dia completo e são tantos imprevistos, que o filme se torna insano, altamente movimentado e com muita ação.

Outro ponto é a fotografia, esta remete aos filmes dos anos 70 e 80, com tons de azul e roxo, as luzes fortes de neon dominando os ambientes urbanos, a claridade dos outdoors sendo quase igual aquela da luz do sol e tudo isso combinando com as cores dos figurinos, estas sendo na maioria das vezes claras como o ambiente onde as cenas se passam.

Logo, “Bom Comportamento” é um filme nostálgico, que sabe como referenciar no ponto exato obras mais antigas e que conta uma história interessante, movimentada, real, bem ambientada naquilo que se propõe e ousado em inserir um conflito familiar em uma obra de ação.

Veja o trailer:

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