Imagem: DIVULGAÇÃO |
Como alguém que leu a matéria original que deu origem ao filme "Ela disse", é bom ver essa história indo parar no cinema, não apenas por ser sobre alguém do meio, mas por preencher a cota "JORNALISMO" da temporada de premiações.
Dirigido por Maria Schrader, acompanhamos Megan Twohey e Jodi Kantor (Carey Mulligan e Zoe Kazan, respectivamente), duas jornalistas do The New York Times que estão investigando os crimes de assédio sexual cometidos por Harvey Weinstein.
Schrader constrói o filme não apenas para vermos a apuração dos fatos, mas também para sabermos que as duas profissionais não são apenas jornalistas, mas também pessoas.
Com isso, vemos a vida delas, como mães e esposas e como isso se encaixa dentro da rotina cansativa de jornalista investigativa, seja nesse caso, ou em outros.
"Em outros" porque Megan, por exemplo, foi a jornalista que expôs ao mundo os assédios cometidos por Donald Trump e Jodi denunciou em matérias os abusos trabalhistas em empresas como a Amazon.
Logo, além de competentes, são experientes, o que tanto Schrader na direção, quanto Mulligan e Kazan em suas atuações, deixam bem claro para o público.
Schrader é muito cuidadosa em todas as cenas, mas aquele momento do corredor, onde vemos apenas os corredores vazios de hotel, enquanto escutamos depoimentos e gravações reais, merece um destaque.
Isso porque nunca sabemos o que acontece nos quartos e cômodos de portas fechadas, podem ser coisas boas e coisas ruins, como as que aconteceram no filme. Expor isso assim é uma maneira de respeitar as vítimas de Weinstein.
Cenas nesse molde mostram bem o estilo de Schrader, que em "Ela disse" fica bem apagado, já que é claramente um filme de estúdio, feito para as premiações. Mas na mão de uma boa direção, essa fórmula funciona e aqui vemos um filme que já vimos várias outras vezes, mas que é efetivo no que se propõe.
A diferença de "Ela disse" para filmes clichês, é mostrar o passado e a vida pessoal das protagonistas. Não ficamos com a ilusão de heroísmo ou idealização, vemos algo mais próximo do que é ser um jornalista real.
Outra mostra disso é a maneira como as entrevistas acontecem. Sem músicas de fundo, de maneira mais fria, de forma a fazermos com que prestemos atenção nos depoimentos e fiquemos bravos com tudo o que aconteceu.
"Ela disse" não é um filme perfeito devido a fórmula batida, mas é uma obra que com certeza cumpre seu propósito e serve como complemento a matéria aqui destacada. Que Weinstein vá de arrasta para cima logo menos.
Com isso, vemos a vida delas, como mães e esposas e como isso se encaixa dentro da rotina cansativa de jornalista investigativa, seja nesse caso, ou em outros.
"Em outros" porque Megan, por exemplo, foi a jornalista que expôs ao mundo os assédios cometidos por Donald Trump e Jodi denunciou em matérias os abusos trabalhistas em empresas como a Amazon.
Logo, além de competentes, são experientes, o que tanto Schrader na direção, quanto Mulligan e Kazan em suas atuações, deixam bem claro para o público.
Schrader é muito cuidadosa em todas as cenas, mas aquele momento do corredor, onde vemos apenas os corredores vazios de hotel, enquanto escutamos depoimentos e gravações reais, merece um destaque.
Isso porque nunca sabemos o que acontece nos quartos e cômodos de portas fechadas, podem ser coisas boas e coisas ruins, como as que aconteceram no filme. Expor isso assim é uma maneira de respeitar as vítimas de Weinstein.
Cenas nesse molde mostram bem o estilo de Schrader, que em "Ela disse" fica bem apagado, já que é claramente um filme de estúdio, feito para as premiações. Mas na mão de uma boa direção, essa fórmula funciona e aqui vemos um filme que já vimos várias outras vezes, mas que é efetivo no que se propõe.
A diferença de "Ela disse" para filmes clichês, é mostrar o passado e a vida pessoal das protagonistas. Não ficamos com a ilusão de heroísmo ou idealização, vemos algo mais próximo do que é ser um jornalista real.
Outra mostra disso é a maneira como as entrevistas acontecem. Sem músicas de fundo, de maneira mais fria, de forma a fazermos com que prestemos atenção nos depoimentos e fiquemos bravos com tudo o que aconteceu.
"Ela disse" não é um filme perfeito devido a fórmula batida, mas é uma obra que com certeza cumpre seu propósito e serve como complemento a matéria aqui destacada. Que Weinstein vá de arrasta para cima logo menos.
Matéria original (em inglês) que deu origem ao filme.
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