Imagem: DIVULGAÇÃO |
Logo, é com tristeza que vejo “O Primeiro Homem” como o seu pior filme até aqui, já que, mesmo com suas qualidades a serem discutidas a seguir, é uma projeção sem ritmo, ufanista ao extremo (de maneira sutil, mas ainda assim exagerada) e muito longo pela proposta que apresenta.
Escrito por Josh Singer e James R. Hansen, a obra conta a história de Neil Armstrong (Ryan Gosling), um engenheiro aeroespacial e astronauta. Sendo um filme biográfico, acompanhamos a trajetória até o feito pelo qual ele ficou conhecido, o pouso na lua em 1969, nesse caminho, vemos como sua mulher, Janet Armstrong (Claire Foy), e seus filhos lidam com as idas e vindas de Neil devido a suas missões.
Fica claro que todo o filme, com suas 2h30 de duração, é feito todo em detrimento da cena do pouso na lua, logo, as cenas são dedicadas a preparar o espectador para o pouso em questão, por isso os cortes secos bruscos, a câmera próxima do personagem e a falta de atenção a vida pessoal de Armstrong.
Devido ao abandono da vida pessoal e rotineira, Claire Foy é esquecida pelo roteiro e quase nunca a vemos, assim como boa parte do elenco cheio de rostos conhecidos, que aparecem por pouquíssimo tempo, já que Gosling toma toda a tela para si devido a preparação para a cena citada.
Com esses cortes secos, bruscos e exagerados, o filme sobrecarrega o público de informação, usando passagens de tempo rápidas que deixa o espectador perdido sobre quantos anos se passaram até que Armstrong conseguisse, finalmente, cumprir seu objetivo de ser o primeiro a pousar na lua.
Ainda assim, com o mal aproveitamento do elenco e com uma montagem que foi a opção errada para a proposta que o filme apresenta, é notável como a fotografia é bem feita, principalmente nas cenas dos testes realizados por Armstrong antes das missões e a câmera de Chazelle é inteligente ao usar, em certos pontos dos testes e do pouso na lua, o ponto de vista subjetivo, fazendo com que o espectador perceba o risco do trabalho de Armstrong e aumentando a tensão nos momentos certos dos testes.
O maior exemplo disso é o momento do pouso, onde Chazelle usa o ponto de vista subjetivo durante quase toda a cena e mesmo que o público saiba que a missão foi um sucesso, a tensão é presente graças a essa subjetividade muito bem encaixada pelo diretor. Junto a isso, a cena em questão tem os quadros mais bonitos do filme, sejam aqueles criados pelo reflexo do capacete do astronauta ou aqueles em que vemos a lua e o pouso bem-sucedido.
Portanto, o talento ainda reside em Chazelle, porém ele não foi totalmente utilizado em “Primeiro Homem” devido ao mal aproveitamento do roteiro, montagem não efetiva e duração exagerada.
Saudades “Whiplash”!
Fica claro que todo o filme, com suas 2h30 de duração, é feito todo em detrimento da cena do pouso na lua, logo, as cenas são dedicadas a preparar o espectador para o pouso em questão, por isso os cortes secos bruscos, a câmera próxima do personagem e a falta de atenção a vida pessoal de Armstrong.
Devido ao abandono da vida pessoal e rotineira, Claire Foy é esquecida pelo roteiro e quase nunca a vemos, assim como boa parte do elenco cheio de rostos conhecidos, que aparecem por pouquíssimo tempo, já que Gosling toma toda a tela para si devido a preparação para a cena citada.
Com esses cortes secos, bruscos e exagerados, o filme sobrecarrega o público de informação, usando passagens de tempo rápidas que deixa o espectador perdido sobre quantos anos se passaram até que Armstrong conseguisse, finalmente, cumprir seu objetivo de ser o primeiro a pousar na lua.
Ainda assim, com o mal aproveitamento do elenco e com uma montagem que foi a opção errada para a proposta que o filme apresenta, é notável como a fotografia é bem feita, principalmente nas cenas dos testes realizados por Armstrong antes das missões e a câmera de Chazelle é inteligente ao usar, em certos pontos dos testes e do pouso na lua, o ponto de vista subjetivo, fazendo com que o espectador perceba o risco do trabalho de Armstrong e aumentando a tensão nos momentos certos dos testes.
O maior exemplo disso é o momento do pouso, onde Chazelle usa o ponto de vista subjetivo durante quase toda a cena e mesmo que o público saiba que a missão foi um sucesso, a tensão é presente graças a essa subjetividade muito bem encaixada pelo diretor. Junto a isso, a cena em questão tem os quadros mais bonitos do filme, sejam aqueles criados pelo reflexo do capacete do astronauta ou aqueles em que vemos a lua e o pouso bem-sucedido.
Portanto, o talento ainda reside em Chazelle, porém ele não foi totalmente utilizado em “Primeiro Homem” devido ao mal aproveitamento do roteiro, montagem não efetiva e duração exagerada.
Saudades “Whiplash”!
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