Imagem: DIVULGAÇÃO / MARVEL |
Ao refletir sobre e pensar em como isso funciona dentro do filme, cheguei a conclusão de que essa amizade e o arco de origem de Carol Danvers, são as coisas que fazem de “Capitã Marvel”, uma obra excelente, mesmo que tenha uns erros aqui ou ali, é inegável que, assim como “Pantera Negra” (não da mesma forma que fique bem claro), o novo filme da Marvel é uma obra representativa e importante.
Dirigido por Anna Boden e Ryan Fleck, a projeção conta a história de Carol Danvers (Brie Larson). Após um acidente – sobre o qual não posso falar muito – ela ganha poderes, que a fazem sobreviver. Ela vive no planeta Hala e após uma missão dar errado, Danvers cai no planeta Terra e precisa chegar a um artefato que gera a velocidade da luz antes dos Skrolls, alienígenas verdes que podem se transformar em qualquer forma de DNA que desejarem.
Escrito pelos diretores, a obra apresenta dois arcos distintos e desiguais em qualidade: o da origem de Carol Danvers e o da batalha contra um vilão que nunca fica bem definido. Apesar dessa disparidade, a estrutura e fotografia do filme são ousadas para uma obra do universo Marvel, mesmo que o roteiro siga a formula de sucesso do universo em si.
Essa formula consiste na mistura entre humor e ação em doses mais ou menos iguais e em uma duração de filme que varia entre 2h e 2h10. Em “Capitã Marvel”, essa equação é prejudicial a obra, já que o humor é cansativo, como, por exemplo, as piadas de Nick Fury (Samuel L. Jackson) com o gato, além de soar forçado dentro da projeção. A duração citada dificulta a obra em estabelecer ritmo, assim como a falta de um vilão bem definido e estabelecido.
Sem esquecer que devido a esses efeitos, determinados aspectos técnicos são prejudicados, figurino e direção de arte são convencionais, assim como o uso de cores e infelizmente, parece que este filme tem um papel de amarrar certas pontas que foram criadas pelo próprio universo Marvel e não resolvidas nos filmes em que foram criadas. Ou seja, se "Capitã Marvel" fosse apenas o filme da Capitã Marvel, inserido ou não dentro do universo principal da Marvel, a obra poderia ser muito maior do que já é.
Tudo isso é compensado pelo arco de origem de Carol Danvers, que é excelente e cuja a montagem do filme foi feita para beneficiar o nascimento da heroína. Usando as lembranças do passado da personagem como força motriz, os cortes bruscos entre as memórias e o presente do filme são acionados pelos gatilhos que aparecem durante a obra, seja um nome, um veículo, uma cor ou mesmo algum local, o público descobre quem é Carol Danvers ao mesmo tempo que Carol Danvers.
Esses cortes, que lembram a estrutura utilizada na terceira temporada de True Detective, também dão a liberdade para Brie Larson criar a personagem como ela quiser e a atriz é muito bem-sucedida ao estabelecer o perfil da heroína. É impossível não gostar de Danvers, seja pelo sarcasmo – que destoa da proposta de humor comumente usada pela Marvel – seja por ela ser uma mulher que acredita nela mesma e que não precisa de ninguém para vencer qualquer coisa.
Junto a isso, a atriz usa certos trejeitos interessantes que se encaixam na personagem, como a assoprada de cabelo que ela dá no meio de uma batalha, o sorriso divertido e as risadas no meio de uma cena de ação e claro, a independência que ela usa o tempo inteiro para ser quem é, inclusive no uso inteligente de seus poderes aliado a sua força física natural.
Escrito pelos diretores, a obra apresenta dois arcos distintos e desiguais em qualidade: o da origem de Carol Danvers e o da batalha contra um vilão que nunca fica bem definido. Apesar dessa disparidade, a estrutura e fotografia do filme são ousadas para uma obra do universo Marvel, mesmo que o roteiro siga a formula de sucesso do universo em si.
Essa formula consiste na mistura entre humor e ação em doses mais ou menos iguais e em uma duração de filme que varia entre 2h e 2h10. Em “Capitã Marvel”, essa equação é prejudicial a obra, já que o humor é cansativo, como, por exemplo, as piadas de Nick Fury (Samuel L. Jackson) com o gato, além de soar forçado dentro da projeção. A duração citada dificulta a obra em estabelecer ritmo, assim como a falta de um vilão bem definido e estabelecido.
Sem esquecer que devido a esses efeitos, determinados aspectos técnicos são prejudicados, figurino e direção de arte são convencionais, assim como o uso de cores e infelizmente, parece que este filme tem um papel de amarrar certas pontas que foram criadas pelo próprio universo Marvel e não resolvidas nos filmes em que foram criadas. Ou seja, se "Capitã Marvel" fosse apenas o filme da Capitã Marvel, inserido ou não dentro do universo principal da Marvel, a obra poderia ser muito maior do que já é.
Tudo isso é compensado pelo arco de origem de Carol Danvers, que é excelente e cuja a montagem do filme foi feita para beneficiar o nascimento da heroína. Usando as lembranças do passado da personagem como força motriz, os cortes bruscos entre as memórias e o presente do filme são acionados pelos gatilhos que aparecem durante a obra, seja um nome, um veículo, uma cor ou mesmo algum local, o público descobre quem é Carol Danvers ao mesmo tempo que Carol Danvers.
Esses cortes, que lembram a estrutura utilizada na terceira temporada de True Detective, também dão a liberdade para Brie Larson criar a personagem como ela quiser e a atriz é muito bem-sucedida ao estabelecer o perfil da heroína. É impossível não gostar de Danvers, seja pelo sarcasmo – que destoa da proposta de humor comumente usada pela Marvel – seja por ela ser uma mulher que acredita nela mesma e que não precisa de ninguém para vencer qualquer coisa.
Junto a isso, a atriz usa certos trejeitos interessantes que se encaixam na personagem, como a assoprada de cabelo que ela dá no meio de uma batalha, o sorriso divertido e as risadas no meio de uma cena de ação e claro, a independência que ela usa o tempo inteiro para ser quem é, inclusive no uso inteligente de seus poderes aliado a sua força física natural.
Imagem: DIVULGAÇÃO / MARVEL |
É aqui que entra a questão da amizade dela com Maria (Lashana Lynch), pois é este relacionamento que fecha a ponta da origem de Danvers e mostra como mulheres se ajudam como ninguém mais pode se ajudar. Nesse caso, o filme mostra como mulheres são poderosas a sua maneira e que cada poder é necessário em cada batalha que elas passam no dia – a – dia.
Assim, “Capitã Marvel” tem defeitos, mas ousa em uma estrutura que lembra filmes independentes, tem uma atuação excelente e mesmo assim escolhe manter uma formula batida e que não encaixa dentro da projeção, com uma duração que quase botou tudo a perder em um arco perfeito de origem, mas que, no fim das contas, passa uma mensagem tão forte, que é um filme necessário e espero que vejamos os frutos da reflexão gerada pela obra em um futuro próximo.
Veja o trailer do filme aqui:
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