Imagem: Imovision / DIVULGAÇÃO |
Porque Ahmed, jovem de 13 anos protagonista do novo filme dos irmãos Dardenne (que se chama "O Jovem Ahmed") é uma criança muçulmana que vai à mesquita com frequência e ao escutar as coisas que o imã diz, deduz que sua professora é uma pecadora e decide matá-la.
Dirigido e escrito pelos Dardenne, o filme trabalha com a temática da intolerância religiosa sob o ponto de vista de uma criança, de forma a fazer o público pensar duas vezes antes de formar uma opinião sob a punição que ele sofre.
Isso é reforçado pelas diversas tomadas longas que os diretores utilizam, para não deixar o público fugir do tema da obra. Essas tomadas tem movimentos de câmera variados, que vão do travelling para todos os sentidos até a panorâmica simples, quando a câmera gira no próprio eixo.
Em geral, essas cenas são internas, o que torna esses movimentos ainda mais complexos, pois o espaço para executá-los é menor e em consequência disso, a câmera fica próxima do personagem quase o tempo todo, isso acontece pelo mesmo motivo das tomadas longas, não deixar o público fugir do tema.
Mas, ao menos para o público brasileiro, é difícil fugir disso por conta do atual momento. Até porque, no Brasil, com certeza Ahmed nunca iria para um centro de reabilitação social e sim para uma prisão, onde ele provavelmente teria se tornado um terrorista, o que não acontece com ele no centro, pois lá, ele é apenas um menino.
E acima disso, ele é um menino sendo educado e com diversas coisas para fazer. Porém, ainda assim, é notável como ele poderia não aceitar a mudança e de fato se tornar uma pessoa igual ao imã que o manipulou.
Tudo isso é possível ser deduzido devido a um roteiro bem escrito e estabelecido, mesmo com a curta duração (1h24) e principalmente devido ao ator Idir Ben Addi, que constrói Ahmed como uma criança confusa, que tenta disfarçar isso passando a sensação de segurança para as pessoas ao seu redor.
É possível que "O Jovem Ahmed" seja o título do filme porque o Ahmed na idade adulta se torne aquilo que seu imã desejava, da mesma forma que é possível que ele se arrependa disso. Até porque, ter uma religião não é ruim, mas usar ela como motivo para extremismos é algo que não deve ser feito. Portanto, um filme que traz esse debate para o público de forma tão sólida, é algo que merece ser visto e lembrado.
Isso é reforçado pelas diversas tomadas longas que os diretores utilizam, para não deixar o público fugir do tema da obra. Essas tomadas tem movimentos de câmera variados, que vão do travelling para todos os sentidos até a panorâmica simples, quando a câmera gira no próprio eixo.
Em geral, essas cenas são internas, o que torna esses movimentos ainda mais complexos, pois o espaço para executá-los é menor e em consequência disso, a câmera fica próxima do personagem quase o tempo todo, isso acontece pelo mesmo motivo das tomadas longas, não deixar o público fugir do tema.
Mas, ao menos para o público brasileiro, é difícil fugir disso por conta do atual momento. Até porque, no Brasil, com certeza Ahmed nunca iria para um centro de reabilitação social e sim para uma prisão, onde ele provavelmente teria se tornado um terrorista, o que não acontece com ele no centro, pois lá, ele é apenas um menino.
E acima disso, ele é um menino sendo educado e com diversas coisas para fazer. Porém, ainda assim, é notável como ele poderia não aceitar a mudança e de fato se tornar uma pessoa igual ao imã que o manipulou.
Tudo isso é possível ser deduzido devido a um roteiro bem escrito e estabelecido, mesmo com a curta duração (1h24) e principalmente devido ao ator Idir Ben Addi, que constrói Ahmed como uma criança confusa, que tenta disfarçar isso passando a sensação de segurança para as pessoas ao seu redor.
É possível que "O Jovem Ahmed" seja o título do filme porque o Ahmed na idade adulta se torne aquilo que seu imã desejava, da mesma forma que é possível que ele se arrependa disso. Até porque, ter uma religião não é ruim, mas usar ela como motivo para extremismos é algo que não deve ser feito. Portanto, um filme que traz esse debate para o público de forma tão sólida, é algo que merece ser visto e lembrado.
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