Imagem: DIVULGAÇÃO |
Dirigido e escrito por Wei Shujun, "Caminhando contra o vento" é um exemplo de obras assim, que não nada demais, mas também não tem nada que o espectador não goste, ou pior, que venha a odiar. Acompanhamos a história de Zuo Kun, um jovem que busca um emprego na sua área de formação (cinema, ele é operador de som), ao mesmo tempo que ele comprou um carro e quer aproveitar a vida com seu melhor amigo e com sua namorada.
O filme, de certa forma é um road movie, pois Zuo viaja de um lado para o outro em sua vida, entre amizades, o relacionamento amoroso, o emprego e até mesmo a busca por ele. Se o espectador acompanha essa viagem, a possibilidade de ele não sentir empatia por ela é bem alta, pois o filme não causa esse sentimento, sempre parecemos distantes do protagonista e dos outros personagens da obra.
Isso acontece por conta da maneira comum de contar a história, mas também devido a direção, que escolhe por contar a história de maneira comum e, não podemos esquecer, pelo fato de o protagonista ser chato, sem nenhum atrativo.
A única coisa que ele é, é irritante e por incrível que pareça, o comportamento dele perante a vida é o que menos irrita, porque o que mais irrita é a falta de educação dele para com as pessoas, pois ele é extremamente mal educado com todos.
Se juntarmos isso a estrutura comum usada na montagem e o número excessivo de cenas, o filme exige um esforço do público para que este possa terminar de assistir a obra. Muitas cenas poderiam ser eliminadas, da mesma forma que caso isso acontecesse, o arco principal talvez tivesse sido mais fluido, o que ajudaria a obra não ser tão tediosa.
Assim, acaba que o espectador até tenta caminhar contra o vento, mas acaba sendo empurrado para trás por ele e, como quase sempre acontece nesses casos, mais cedo ou mais tarde, acabamos cedendo e nos deixamos derrubar. Se "Caminhando contra o vento" tem boas ideias, ele acaba se auto sabotando, assim como o seu protagonista enfadonho, que causa tédio em todo mundo, mas principalmente no espectador.
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