Imagem: DIVULGAÇÃO / Paramount |
Ao assistir "Pânico 5" tive a ideia de testar esse formato de texto, o mesmo formato de texto que um colega de profissão (e amigo) usou em um dos textos dele no ano passado, cujo link deixo aqui.
Apesar de me distrair e relaxar assistindo a franquia Pânico, nunca de
fato gostei dos filmes com o mesmo fervor que boa parte do público. Não sei por
que, mas me sinto culpado, cinema é inclusão e eu quero fazer parte do grupo,
esse é um dos vários dos quais não faço. Não consigo sentir medo ou me divertir em plena experiência com os filmes de Wes Craven. Cinema é sobre sentir.
2
Decidi ir à cabine (como chamam as sessões especificas para
a imprensa) de Pânico 5 para ver os meus amigos e mais do que isso, para ver
meus amigos assistindo ao filme, suas reações, risadas, sentimentos, com o que
acontecia na tela. Lembrei do início de Pânico 2, a cena do cinema, onde
Ghostface faz de Jada Pinkett Smith e Omar Epps suas primeiras vítimas. O calor
da cena, as pessoas empolgadas, torcendo, querendo que algo acontecesse enquanto viam a adaptação cinematográfica do filme dentro do filme.
3
Me virei para olhar o público diversas vezes. Ao ouvir as risadas,
perceber os sustos, sentir a tensão, pensei em várias coisas, mas
principalmente nas minhas sessões como público comum e não como jornalista. O
poder que o cinema tem de união, essa coisa inexplicável que apenas a imagem
unida ao som gera.
4
Não no meu caso com Pânico 5, mas tudo bem, cada pessoa é
uma pessoa no fim das contas.
5
Arte é ponte e não muro. Parece que uma parte da imprensa e
público esqueceu disso. A franquia Pânico e a ideia de Wes Craven de rir do
filme e com o filme, de assistir com as pessoas, de se permitir se envolver com
a arte e com aquilo presente na tela, é algo forte o suficiente para fazer com
que nós tratemos arte como ponte.
6
Pânico 5 e a reação das pessoas na mesma sala que eu, reforçaram isso em mim de maneira inesperada. As vezes o filme é mais sobre a reação gerada no espectador do que sobre o filme em si. Claramente Craven e os diretores que o substituíram, Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett, entenderam isso.
7
Cada vez que eu olhava para o lado e via meus amigos se
divertindo, ou olhava para trás e via as pessoas na sala completamente
envolvidas, me sentia bem e me sentia em casa. Não ri das piadas, não me
assustei, saquei o filme logo, mas me envolvi com o envolvimento das pessoas e
no fim, me entretive e acabei por me divertir bastante.
8
Lembrei de quando ia ao cinema com minha mãe com mais frequência.
Ela parecia muito feliz de me levar para assistir filmes quando eu era pequeno.
Em geral, era para assistir animações (minha mãe gosta de desenhos e filmes de ação), como acontece com boa parte das crianças
que tem como ir ao cinema, pois a arte é inclusiva, mas o capitalismo não.
9
Neve Campbell e Courteney Cox não envelhecem, né? As duas
parecem mais jovens e saudáveis do que eu. Talvez porque sejam mesmo.
10
Ainda me sinto culpado por não gostar de Pânico. Ao menos vi quem eu gosto feliz de ter visto um capítulo da franquia clássica no cinema. Ver gente que eu gosto feliz vale mais do que um filme.
Apesar de não ser um super fã da franquia Pânico , após ler a crítica, fiquei curioso , já que assisti aos outros filmes . Vou conferir 👍🏾
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