Imagem: DIVULGAÇÃO |
Texto que faz parte da cobertura da edição 2022 do Festival de cinema de Chicago
This critic is part of Chicago Film Festival 2022 coverage
Ao menos para mim, é uma experiência incompleta, para não
dizer de todo vazia, não sentir nada ao assistir algo, na maioria das vezes isso indica que o público (inclusive eu) não gostou do que viu, achou chato e
ficou torcendo o tempo todo para que o filme acabasse o mais rápido possível.
Logo, foi com certo alívio que percebi que “Runner”,
dirigido por Marian Mathias, tem apenas 1h18 de duração, pois minha torcida
para o final durou pouco, o filme acabou rápido e o alívio logo tomou conta, o
que é uma pena, pois assisto as coisas querendo gostar delas e é bom porque
durou pouco, sentimento agridoce.
Acompanhamos a história de Haas, uma jovem de 18 anos que mora no interior dos Estados Unidos com o pai, que acabou de morrer. Com isso, ela precisa cuidar do funeral e o desejo de seu pai era ser enterrado em sua cidade natal, o que faz com que ela vá para lá. Nisso ela conhece um jovem de idade próxima da sua e eles viram amigos.
E o filme é apenas isso. Não tem uma ideia trabalhada com
base na história ou algo assim. As cenas, em sua maioria externas, mostram como
o clima seco e frio predomina naquele local. “Runner” segue o clima de suas locações,
é um trabalho frio, seco, que distancia o público a todo momento.
Por ser assim, por mais bonito que sejam os quadros que a fotografia
cria, a única sensação causada é tédio. Não tem como ter aproximação com uma
personagem que conhecemos mal – por mais que tenhamos muito tempo para conhecê-la,
não tem como sentir algo vendo a provável primeira amizade da protagonista,
pois como já dito, não a conhecemos direito.
Logo, com a distância e frieza sendo dominantes, não sabemos
o que vemos, uma história de crescimento? Uma jornada de liberdade? Um filme
sobre amizade e como elas podem ser importantes? Pode ser tudo isso ou nada
disso, nunca descobriremos por que “Runner” não permite que o façamos.
Texto que faz parte da cobertura da edição 2022 do Festival de cinema de Chicago
This critic is part of Chicago Film Festival 2022 coverage
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