10/14/2022 12:00:00 AM

Chicago Film Festival: Runner

Imagem: DIVULGAÇÃO

Texto que faz parte da cobertura da edição 2022 do Festival de cinema de Chicago

This critic is part of Chicago Film Festival 2022 coverage

Ao menos para mim, é uma experiência incompleta, para não dizer de todo vazia, não sentir nada ao assistir algo, na maioria das vezes isso indica que o público (inclusive eu) não gostou do que viu, achou chato e ficou torcendo o tempo todo para que o filme acabasse o mais rápido possível.

Logo, foi com certo alívio que percebi que “Runner”, dirigido por Marian Mathias, tem apenas 1h18 de duração, pois minha torcida para o final durou pouco, o filme acabou rápido e o alívio logo tomou conta, o que é uma pena, pois assisto as coisas querendo gostar delas e é bom porque durou pouco, sentimento agridoce.

Acompanhamos a história de Haas, uma jovem de 18 anos que mora no interior dos Estados Unidos com o pai, que acabou de morrer. Com isso, ela precisa cuidar do funeral e o desejo de seu pai era ser enterrado em sua cidade natal, o que faz com que ela vá para lá. Nisso ela conhece um jovem de idade próxima da sua e eles viram amigos.

E o filme é apenas isso. Não tem uma ideia trabalhada com base na história ou algo assim. As cenas, em sua maioria externas, mostram como o clima seco e frio predomina naquele local. “Runner” segue o clima de suas locações, é um trabalho frio, seco, que distancia o público a todo momento.

Por ser assim, por mais bonito que sejam os quadros que a fotografia cria, a única sensação causada é tédio. Não tem como ter aproximação com uma personagem que conhecemos mal – por mais que tenhamos muito tempo para conhecê-la, não tem como sentir algo vendo a provável primeira amizade da protagonista, pois como já dito, não a conhecemos direito.

Logo, com a distância e frieza sendo dominantes, não sabemos o que vemos, uma história de crescimento? Uma jornada de liberdade? Um filme sobre amizade e como elas podem ser importantes? Pode ser tudo isso ou nada disso, nunca descobriremos por que “Runner” não permite que o façamos.

Texto que faz parte da cobertura da edição 2022 do Festival de cinema de Chicago

This critic is part of Chicago Film Festival 2022 coverage

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