Imagem: DIVULGAÇÃO |
Acompanhamos Rita (Glória Pires), mãe de Duda (Maísa). Uma
mulher com problemas de consumismo compulsório, ela, além de decoradora e
organizadora de casas, é também a responsável por ministrar um grupo de terapia
de pessoas também consumistas compulsivas, um dos membros desse grupo é seu
namorado Otavio (Marcos Pasquim).
Tudo muda quando sua filha conta a mãe que ganhou uma bolsa para um intercambio de três anos em Chicago e assim, ela precisa desapegar da única coisa que ela de fato ama, o que inicia um difícil processo na vida de Rita.
E o filme passa a sua ideia principal que é a do desapego.
Todos os personagens ali têm algo do qual precisam desapegar para que suas
vidas continuem da maneira mais saudável possível. Otávio precisa desapegar do
medo da demissão e entender que pode aprender com pessoas mais jovens, Duda
precisa desapegar da mãe para construir a sua própria vida e Rita precisa desapegar
da filha, para além de não fazer a menina se sentir culpada, também poder viver
uma vida mais plena.
Mas, claro, não é um desapego total, mas apenas parcial,
pois é impossível uma mãe desapegar da filha (e no caso das duas personagens do
filme, é impossível a filha desapegar da mãe), é apenas um período de
aprendizado, é o aprender a lidar com a distância e entender que essa distância
não é eterna, é só uma fase.
Da mesma maneira que o consumismo compulsório pode se tornar
apenas algo que Rita e os outros personagens superaram, assim como o medo da demissão
que Otávio tem. No fim, todos ali tem medos, assim como todos nós, o
importante, imagino, seja aprender a desapegar deles.
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