Imagem: DIVULGAÇÃO / Universal / Dreamworks |
Ao assistir "Ruby Marinho - Monstro Adolescente" é inevitável não pensar em "Red" animação do ano passado lançada pelo estúdio concorrente.
Isso não é ruim, já que tanto o filme dirigido por Kirk DeMicco, quanto "Red", tem protagonistas femininas, entrando na adolescência ou já nela (como Ruby) e descobrindo algo importante para o crescimento delas.
No caso de Ruby Marinho, esse algo é a ansiedade e o início do processo de puberdade, que se traduzem na personagem se transformando em um Kraken e tendo dificuldade para disfarçar sua forma original da humana, que usa para viver uma vida comum na Terra com sua mãe, pai e irmão.
Vemos, por uma 1h30, Ruby Marinho descobrindo o que é crescer e o que isso causa tanto no corpo, quanto na mente e é interessante ver essas coisas traduzidas não apenas na personagem e sua transformação física, mas também ao seu redor.
Já que o oceano e a terra tem seu ambiente tratado diferente a depender da forma que Ruby está. Se "humana" e em um tamanho comum, tudo parece ser de tamanho comum assim como ela, ou seja, as casas, a escola, os carros, o próprio mar, são do tamanho do qual estamos acostumados.
Em compensação, quando na sua forma original, de Kraken, tudo parece menor devido ao tamanho gigantesco que Ruby assume e o oceano, antes escuro e desinteressante, passa a brilhar e ter vidas não antes vistas e exploradas pela protagonista.
As águas vivas, as plantas e até o próprio corpo de Ruby passam a brilhar assim como sua protagonista na medida que ela evolui e cresce e isso é o que acontece, ou ao menos deveria acontecer, com todos os adolescentes que estão nesse mesmo processo.
"Ruby Marinho - Monstro Adolescente" é um filme que cumpre seu objetivo e sua ideia de mostrar como crescer e se conhecer é uma missão complicada, pela qual todos nós passamos e/ou passaremos em algum momento. E dá uma ótima sessão dupla com o filme "Red" da concorrente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário