Imagem: AdoroCinema / Vitrine Filmes / DIVULGAÇÃO |
Juliana (Grace Passô), acabou de se mudar para Contagem. Concursada e trabalhando no controle de endemias da cidade, ela vive sozinha e tenta se adaptar a nova vida, que ao menos por um tempo, será sem o marido, já que este ainda está em processo de desligamento de seu trabalho atual e ainda vai se mudar para a cidade, mesmo que o relacionamento dos dois esteja indo de mal a pior.
Contagem é um dos personagens principais do filme pois, através da rotina de Juliana na cidade, percebemos como é difícil nos adaptar quando a solidão domina tudo de tal forma, que nos sentimos oprimidos. Os planos abertos, com luz natural, servem para mostrar a cidade engolindo as pessoas que ali vivem.
Até porque, nós sempre estamos no canto das coisas, sempre de lado, como os enquadramentos inteligentes fazem questão de expor, já que, na maioria das cenas, os personagens estão sempre em um dos lados da tela e nunca no centro, o diretor dá a atenção necessária a paisagem urbana e relativamente calma de Contagem, mostra a dor da perda e o medo da solidão.
Juliana lida com esse medo e com essa dor, ela sente falta de afeto, seja devido ao marido distante, ou pela falta de amizades. Grace Passô, transmite tudo isso de forma contundente, dominando o quadro quando aparece, mesmo sendo enquadrada no canto dele, o espectador acompanha a atriz pelo magnetismo que ela tem, usando sua expressão e aproveitando os diálogos bem montados, expondo sentimentos como a tristeza por se sentir sozinha e a esperança de uma vida melhor.
Os movimentos de câmera são frequentes e bem utilizados, pois a opção do diretor foi ter poucos cortes, inserindo-os apenas quando a cena mudava de local. Assim, ele acompanha os personagens de um lado para o outro, através de travellings calmos e frequentes, sempre com a movimentação direcionada para esquerda ou para a direita, o que serve para destacar as ruas e casas de Contagem.
O roteiro é dividido em três atos que constroem muito bem a protagonista, primeiro, o foco é esperar o marido dela se mudar para a cidade, segundo, quando acontece o desaparecimento de uma pessoa importante e o terceiro é a adaptação de Juliana a nova rotina e ao inicio de uma nova vida, os três atos tem doses de humor na medida certa.
Assim, “Temporada” é intimista, elegante e consegue estabelecer muito bem a rotina urbana, repetitiva, igual para todos e que envolve um dos sentimentos mais fortes que alguém pode sentir: a solidão e o medo de ficar a vida toda sozinho.
Até porque, nós sempre estamos no canto das coisas, sempre de lado, como os enquadramentos inteligentes fazem questão de expor, já que, na maioria das cenas, os personagens estão sempre em um dos lados da tela e nunca no centro, o diretor dá a atenção necessária a paisagem urbana e relativamente calma de Contagem, mostra a dor da perda e o medo da solidão.
Juliana lida com esse medo e com essa dor, ela sente falta de afeto, seja devido ao marido distante, ou pela falta de amizades. Grace Passô, transmite tudo isso de forma contundente, dominando o quadro quando aparece, mesmo sendo enquadrada no canto dele, o espectador acompanha a atriz pelo magnetismo que ela tem, usando sua expressão e aproveitando os diálogos bem montados, expondo sentimentos como a tristeza por se sentir sozinha e a esperança de uma vida melhor.
Os movimentos de câmera são frequentes e bem utilizados, pois a opção do diretor foi ter poucos cortes, inserindo-os apenas quando a cena mudava de local. Assim, ele acompanha os personagens de um lado para o outro, através de travellings calmos e frequentes, sempre com a movimentação direcionada para esquerda ou para a direita, o que serve para destacar as ruas e casas de Contagem.
O roteiro é dividido em três atos que constroem muito bem a protagonista, primeiro, o foco é esperar o marido dela se mudar para a cidade, segundo, quando acontece o desaparecimento de uma pessoa importante e o terceiro é a adaptação de Juliana a nova rotina e ao inicio de uma nova vida, os três atos tem doses de humor na medida certa.
Assim, “Temporada” é intimista, elegante e consegue estabelecer muito bem a rotina urbana, repetitiva, igual para todos e que envolve um dos sentimentos mais fortes que alguém pode sentir: a solidão e o medo de ficar a vida toda sozinho.
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