Imagem: DIVULGAÇÃO / VITRINE FILMES |
No caso, a rotina do “Corvos”, ou ao menos um pouco desta é a de Júlia Katharine, atriz, diretora, roteirista e mulher trans. O bom de pensar nesses filmes é que Júlia usava o cinema como refúgio, ou seja, de certa forma pensar nessas obras foi uma maneira de aproximação.
Dirigido por Gustavo Vinagre, a obra conta a história da atriz durante uma noite de insônia, ocorrida no ano de 2018. Durante a conversa, em que estão apenas o diretor e a moça, conhecemos um pouco da vida e da rotina de Júlia.
Pensando nesse diálogo que constrói o filme, é que “Persona” me vêm à cabeça, já que Júlia gosta de falar e talvez (posso estar errado), tenha necessidade de falar com alguém, por isso, é como se ela fosse Alma (interpretada por Bibi Andersson no clássico do Bergman) e o diretor é Elizabet Vogler (representada por Liv Ullmann) que quase não fala ou fala muito pouco.
O que é um ponto positivo, já que o interessante para o público é escutar Júlia falando sobre si, mesmo que ela fique sem graça durante alguns momentos, algo compreensível, pois nem todos os assuntos são fáceis de ser abordados.
Porém, graças a montagem, esses assuntos difíceis são alternados com histórias um pouco mais divertidas, como as que envolvem cinema, que Júlia, como já dito, descobre como um refúgio e se transforma em paixão. Claro, a personalidade dela e o jeito de contar a sua própria história e rotina fazem a obra ficar divertida, sem esquecer da seriedade de tudo aquilo.
Essa seriedade é bem explorada por Gustavo Vinagre e seus enquadramentos, que são basicamente dois, a câmera muito próxima ao rosto de Júlia e a câmera baixa, de forma a mostrá-lá de corpo inteiro, juntamente com sua sala, assim como Ozu fazia em seus filmes, marca registrada do diretor japonês.
Outro aspecto de Ozu que é utilizado (talvez até sem intenção, mas que ficou bem encaixado) é que o filme fala sobre crescimento e sobre como é possível descobrir novas facetas de si mesmo durante a idade adulta, isso fica bem claro quando Júlia fala um pouco de sua carreira como atriz e graças a alternância de histórias, a projeção funciona bem como um perfil da sua protagonista.
Portanto, “Lembro mais dos corvos” é um filme que conta uma história de auto descoberta e auto aceitação, de forma séria e divertida em certos momentos, com uma pessoa encantadora que é Júlia Katharine, que abriu uma parte de sua rotina para o público. Que o espectador saiba aproveitar disso para aprender um pouco e quem sabe, crescer.
Pensando nesse diálogo que constrói o filme, é que “Persona” me vêm à cabeça, já que Júlia gosta de falar e talvez (posso estar errado), tenha necessidade de falar com alguém, por isso, é como se ela fosse Alma (interpretada por Bibi Andersson no clássico do Bergman) e o diretor é Elizabet Vogler (representada por Liv Ullmann) que quase não fala ou fala muito pouco.
O que é um ponto positivo, já que o interessante para o público é escutar Júlia falando sobre si, mesmo que ela fique sem graça durante alguns momentos, algo compreensível, pois nem todos os assuntos são fáceis de ser abordados.
Porém, graças a montagem, esses assuntos difíceis são alternados com histórias um pouco mais divertidas, como as que envolvem cinema, que Júlia, como já dito, descobre como um refúgio e se transforma em paixão. Claro, a personalidade dela e o jeito de contar a sua própria história e rotina fazem a obra ficar divertida, sem esquecer da seriedade de tudo aquilo.
Essa seriedade é bem explorada por Gustavo Vinagre e seus enquadramentos, que são basicamente dois, a câmera muito próxima ao rosto de Júlia e a câmera baixa, de forma a mostrá-lá de corpo inteiro, juntamente com sua sala, assim como Ozu fazia em seus filmes, marca registrada do diretor japonês.
Outro aspecto de Ozu que é utilizado (talvez até sem intenção, mas que ficou bem encaixado) é que o filme fala sobre crescimento e sobre como é possível descobrir novas facetas de si mesmo durante a idade adulta, isso fica bem claro quando Júlia fala um pouco de sua carreira como atriz e graças a alternância de histórias, a projeção funciona bem como um perfil da sua protagonista.
Portanto, “Lembro mais dos corvos” é um filme que conta uma história de auto descoberta e auto aceitação, de forma séria e divertida em certos momentos, com uma pessoa encantadora que é Júlia Katharine, que abriu uma parte de sua rotina para o público. Que o espectador saiba aproveitar disso para aprender um pouco e quem sabe, crescer.
Veja o trailer aqui, o filme é distribuído pela Vitrine Filmes:
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