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1/23/2020 12:00:00 AM

Crítica: 1917

Crítica: 1917
1917
Imagem: Universal Pictures / DIVULGAÇÃO
Existem vários filmes de guerra por aí e muitos deles são bem parecidos, o que diferencia “1917” dos demais é a forma como foi filmado, já que Sam Mendes (diretor e co roteirista) e Roger Deakins (diretor de fotografia) decidiram por fazer o filme dividido em planos sequência, ou seja, sem cortes.

Por ser um filme de guerra, a ideia é inegavelmente ousada, pois em geral, guerra significa ação e fazer um filme com ação sem cortes é difícil. Mas, Deakins e Mendes conseguem cumprir seu objetivo sem problemas, graças, principalmente, a genialidade de Deakins.

1/21/2019 12:00:00 AM

Crítica: Vice

Crítica: Vice
Imagem: Imagem Filmes / DIVULGAÇÃO
Aparentemente, Adam McKay quer se estabelecer como um diretor que gosta de histórias complexas, se sentindo à vontade em recriar fatos políticos reais e ter os protagonistas desses fatos como os protagonistas de seus filmes. Como havia feito em “A Grande Aposta”, contando com um elenco estrelado.

Esse elenco se repete em “Vice”, contando com Christian Bale, Amy Adams, Steve Carell e Sam Rockwell, a obra conta a história de Dick Cheney (Bale), do começo de sua trajetória como assistente de Donald Rumswell (Carell) até assumir a vice-presidência dos EUA, tendo como companheiro de chapa George Bush Filho (Rockwell). Adams interpreta a ambiciosa Lynne, escritora, professora e mulher de Cheney.

11/01/2018 02:40:00 PM

Crítica: Roma (2018)

Crítica: Roma (2018)
Roma
Imagem: NETFLIX / DIVULGAÇÃO
É incrível como o silencio, as vezes pode comunicar muito mais do que o barulho, como o olhar pode dizer mais que a fala e como as pessoas podem surpreender, para o lado bom, quando não pensamos que isso é possível.

“Roma”, de Alfonso Cuarón, começa com um plano longo, fixo, do chão que Cléo (Yalitza Aparicio) está limpando. Enquanto os créditos iniciais estão na tela e a água vai sendo passada de um lado para o outro pelas mãos da moça, Cuáron já faz o público pensar sobre a questão social que permeia todo o filme, a relação desta com a patroa Sofia (Marina de Tavira) e sobre o México nos anos 70.

10/26/2018 12:02:00 AM

Crítica: Infiltrado na Klan

Crítica: Infiltrado na Klan
Infiltrado na Klan
Imagem: DIVULGAÇÃO
Falar de Spike Lee é abordar um diretor que usa seus filmes como forma de aprofundar o movimento negro, com suas histórias, cultura e figuras marcantes na sociedade, como ele fez com, “Ela quer tudo” (1986), “Faça a Coisa Certa” (1989) e “Malcolm X” (1992), obras bem-sucedidas ao retratar o que o diretor propôs.

Em “Infiltrado na Klan”, novo filme do diretor, vencedor do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes de 2018, Lee mantem a tradição de aprofundar o movimento negro, mas, usando uma história diferente, mais movimentada do que seus filmes costumam ser.

10/22/2018 02:21:00 AM

Crítica: A Favorita

Crítica: A Favorita
A Favorita
Imagem: iMDB / FOX / DIVULGAÇÃO
Yorgos Lanthimos não é um diretor comum. O grego, que ganhou o mundo com “Dente Canino” (2009), uma metáfora do mito da caverna, tem em sua filmografia filmes atípicos, pesados, que vão até o fundo da alma humana através da violência, do sexo, da inteligência e do medo, um dos principais elementos do realizador.

“A Favorita”, não é o filme mais pesado de Lanthimos, possivelmente, é um dos mais leves, mas isso não significa que a obra seja de todo leve, para assistir com a família no natal. Escrito por Tony McNamara e Deborah Davis, a história é centrada em três mulheres, vivendo na época de uma das guerras (provavelmente, a guerra da sucessão espanhola) entre Inglaterra e França. A rainha Anne (Olivia Colman) tem gota e por causa dela não consegue andar direito, tendo perdido vários filhos, ela não tem herdeiros e precisa comandar o reino inglês, para isso, ela tem a ajuda de Lady Marlborough (Rachel Weisz), esposa do chefe do exercito e que vive ao lado da soberana, a auxiliando de todas as formas, seja na vida pessoal, ou na administração do reino, já que Harley (Nicholas Hoult) faz oposição ao reinado de Anne. A relação entre as duas mulheres muda quando Abigail Hill (Emma Stone), uma prima delas, que é criada no castelo, se aproxima da rainha.

10/21/2018 03:05:00 AM

Crítica: Guerra Fria

Crítica: Guerra Fria
Guerra Fria
Imagem: Califórnia Filmes / DIVULGAÇÃO
Em 2013, Pawel Pawlikowski ganhava o mundo e ficava conhecido por contar uma dura história sobre seu país, a Polônia. “Ida” segue uma freira que descobre mais sobre seu passado um pouco antes de assumir seus votos e ingressar de vez no convento. Este filme, rendeu ao diretor o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

Assim como “Ida”, “Guerra Fria” se passa na Polônia, na época histórica a qual o titulo se refere. O filme dirigido e escrito por Pawlikowski conta a história de amor entre Wiktor e Zula, ele, maestro e compositor, ela, cantora e dançarina. Vivendo na União Soviética sob a ditadura imposta por Stalin, a moça é obrigada a denunciar Wiktor e assim, o amor concretizado se torna cada vez mais impossível quando ele vai para o exílio.

2/22/2018 11:46:00 AM

Crítica: Trama Fantasma

Crítica: Trama Fantasma
Imagem: Universal Pictures do Brasil / Focus Features / Divulgação

Com a multiplicidade de gêneros existentes no cinema, há uma infinita variedade de assuntos a serem explorados, porém, poucos realizadores conseguem bons trabalhos em todos os estilos de filmes. Basicamente, quem costuma fazer comédia tem dificuldade em obras de drama (vide Woody Allen), quem está acostumado com terror, oscila em projeções de cunho histórico.

Mesmo grandes diretores e diretoras, como Bergman, Truffaut, Agnes Varda, tem essas dificuldades mas, alguns, como Paul Thomas Anderson, conseguem oscilar entre gêneros, criando trabalhos memoráveis. “Boogie Nights” é totalmente diferente de “Magnólia”, “Sangue Negro” é diferente de “Vicio Inerente”, “O Mestre” mesmo com o cunho histórico é o oposto de “Trama Fantasma”.

2/01/2018 12:48:00 PM

Crítica: A Forma da Água

Crítica: A Forma da Água
A Forma da Água
Imagem: Fox Film do Brasil / AdoroCinema.com / Divulgação


A empatia, assim como o amor, atinge qualquer um, e é justamente isso que faz o sentimento ser tão bonito, o fato de que não importa o acontecido, sempre terão pessoas dispostas a amar e a se importar um com o outro, no mundo onde vivemos, isso é essencial para manter a esperança.

“A Forma da Água” é um filme sobre amor, empatia e como esses sentimentos são pertencentes a todos, a mais nova obra de Guillermo Del Toro (“O Labirinto do Fauno”), tem seu foco nessas sensações encaixadas em um mundo permeado pela expectativa de uma guerra entre duas grandes potencias.

1/22/2018 05:08:00 PM

Crítica: Corra!

Crítica: Corra!
Corra!
Imagem: Universal Pictures / Divulgação

Bons filmes de suspense e terror são especialistas na criação de expectativas, e principalmente, no cumprimento delas, isso faz a obra ter sucesso em duas tarefas distintas, porém ligadas: dar ao espectador o que ele quer (o terror, suspense, medo) e ter uma obra tecnicamente competente nas mãos do diretor e roteirista.

Esses dois cargos são cumpridos pela mesma pessoa no caso de “Corra”, Jordan Peele. No seu longa de estreia, a história contada é a de Chris (Daniel Kaluuya), fotografo, homem negro e bem-sucedido, que namora uma branca, chamada Rose (interpretada por Allison Williams). A jovem leva seu namorado para conhecer seus pais, na casa onde cresceu, e é lá onde os eventos principais do filme se desenrolam.

1/15/2018 12:49:00 PM

Crítica: Lady Bird

Crítica: Lady Bird
Lady Bird
Imagem: Universal Pictures / Divulgação




Algo recorrente nos filmes é o crescimento, seja psicológico ou físico, de um personagem principal, a sétima arte gosta de expor a evolução, os erros e os acertos no caminho, mas principalmente os aprendizados, estes costumam ser o foco da obra, seja qual for e independente da idade do protagonista.

Isso já foi feito várias vezes no cinema, a saga “Antoine Doinel” de François Truffaut e mais recente “Boyhood – Da infância a juventude” de Richard Linklater, são bons exemplos disso. Mas “Lady Bird”, consegue não soar repetitivo, mesmo que o seu tema seja algo batido hoje em dia.

8/07/2017 02:01:00 PM

Crítica: Dunkirk – Sem alma e perfeito na técnica

Crítica: Dunkirk – Sem alma e perfeito na técnica


Um filme não tem apenas como objetivo entreter seu público ou ser perfeito tecnicamente, mas, (ao menos a meu ver), o grande ponto do cinema é conquistar seu espectador, e fazer isso independente da história que esteja sendo contada, usando entretenimento e técnica.

Christopher Nolan sabe conquistar quem assiste aos seus filmes, e isso ficou provado anteriormente, em obras como “Amnésia”, “Insonia”, “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “A Origem”, esse último o diretor escreveu sozinho, e talvez seja o único de seus filmes que seja bom e que foi escrito apenas por ele, e não em conjunto com seu irmão Jonathan.

Isso me leva a pensar que, talvez se “Dunkirk” tivesse sido escrito pelos dois irmãos. o filme funcionasse, assim como quase todas as suas qualidades técnicas funcionam (quase, porque roteiro também é técnica).

Contando uma história real da batalha de Dunkirk que aconteceu na segunda guerra mundial, a obra foca em três núcleos distintos, o dos civis tem a duração de uma semana, e é protagonizado por Mark Rylance, o dos marinheiros leva um dia, e tem em seu foco o jovem ator Fionn Whitehead, e por fim, os dos aviadores, que tem Tom Hardy em seu principal papel.

As passagens de tempo confundem o público, pois, se tudo é mais lento para os civis, é mais rápido para os aviadores, e o filme da a entender que tudo ocorre simultaneamente, o que até é real, mas não tanto assim. A montagem paralela usada para dispor a história não foi a escolha certa, justamente pela confusão que isso causa.

As atuações deixam um pouco a desejar, enquanto Mark Rylance faz seu papel funcionar muito bem, Whitehead é altamente inexpressivo, quase não fala e não transparece nenhum tipo de sentimento, se no caso do jovem ator isso é algo ruim, Tom Hardy usa isso ao seu favor, já que durante a maioria de seu tempo de tela apenas seus olhos aparecem, através de seu olhar percebemos a força que usa para virar o avião, sua concentração nos tiros e sua calma para comandar os seus parceiros.

Se a falta de falas durante o filme exclui a possibilidade de diálogos expositivos que muitos condenam nos filmes de Nolan, o som também faz isso com maestria. Durante todo o filme as pessoas se sentem imersas na guerra, como se fossem companheiros de serviços daqueles rapazes que são retratados, e a trilha sonora contribui fortemente para a empatia criada pela causa apresentada.

Os movimentos de câmera também são muito elegantes, e acredito que Nolan assistiu aos documentários que foram realizados na guerra pelos grandes diretores – como Wyler e Huston -, e baseou seus movimentos nos que foram utilizados em “Thunderbolt – O Avião P-47” e a “A Batalha de San Pietro”, pois durante muitos momentos vemos câmeras posicionadas em lugares considerados improváveis, como em uma maca, na asa de um avião, em um espelho e assim vai e nos diversos que mostram Hardy de frente, enquanto este pilota. E ainda, os planos inclinados em certas cenas envolvendo barcos afundando ajuda na sensação de que o público se afoga junto, e claro, os diversos planos gerais que permitem ao espectador ver a diferença de tamanho entre os barcos utilizados pelos civis e os barcos da marinha britânica.

Logo, Christopher Nolan cria uma projeção elegante e quase perfeita tecnicamente, mas que não tem alma, não sentimos empatia pelos personagens porque nunca os conhecemos realmente, não há profundidade e talvez isso seja justificado por conta da escolha em dividir a batalha em três núcleos, mas pode também se dever ao roteiro fraco que o filme tem.

Nolan claramente se sente a vontade com a câmera na mão e talvez não se sinta tão a vontade assim escrevendo, que é algo que ele provou que sabe fazer com “A Origem”, mas que não é sua zona de conforto e sim a de seu irmão Jonathan, que pelo visto faz uma falta tremenda na criação de histórias.

2/20/2017 12:45:00 PM

Crítica: Manchester a Beira Mar

Crítica: Manchester a Beira Mar
Manchester a Beira Mar


Todas as pessoas têm problemas, uns maiores, outros menores, mas, ainda assim problemas. Como maneira de soluciona-los, ou, como maneira de encontrar uma solução, a rotina é usada para esquecer-se deles, e ai, os sentimentos são reprimidos e a rotina passa a dominar a vida pessoal de cada um.

É justamente isso que Kenneth Lonergan passa com o filme “Manchester a Beira Mar”, porém, o sentimento é passado não apenas com a intenção de gerar comoção e empatia, e sim como forma de contar uma historia que mesmo com acontecimentos tristes, consegue ser passar o amor que permeia as pessoas.


2/13/2017 05:30:00 PM

Crítica: Até o Último Homem

Crítica: Até o Último Homem


As guerras são movidas por ideologias, cada estado briga pelas ideologias mais favoráveis aos seus interesses ou aos interesses daqueles que são aliados. Isso também serve para seus exércitos, porém, não serve para os soldados de maneira individual, de forma que quando uma pessoa se alista ela abandona sua privacidade e individualidade para se tornar membro de um todo e, pensar como esse todo.

É justamente essa batalha ideológica individual que “Até o Ultimo Homem” mostra. Dirigido por Mel Gibson, o filme conta a história de Desmond T. Doss – interpretado por Andrew Garfield – que, temente a Deus e tendo convicções fortíssimas, decide nunca segurar uma arma na vida, porém, quando a segunda guerra eclode para os Estados Unidos, ele decide servir ao seu país como médico no campo de batalha e enfrenta as consequências de sua decisão ideológica.


2/06/2017 01:45:00 PM

Crítica: La La Land

Crítica: La La Land


O cinema ao passar dos anos nos deu várias obras que são metalinguísticas, que descrevem a própria arte em seus bastidores, “A Noite Americana” do Truffaut, “Oito e meio” do Fellini e “Cantando na Chuva” de Stanley Donen e Gene Kelly. Esse “La La Land”, além de descrever a arte internamente, de remeter aos musicais clássicos de Hollywood, ele ainda usa a nostalgia como força para o seu enredo.

Dirigido por Damien Chazelle do excelente Whiplash, “La La Land” conta a história de Mia – Emma Stone - atriz que foi tentar a sorte na carreira em Hollywood e  Sebastian – Ryan Gosling – que é um pianista, que tem como paixão o Jazz e que sonha em abrir seu próprio clube.  E a projeção é justamente sobre sonhos, sonhos que podem ser identificados em qualquer pessoa sonhadora, é muito fácil o espectador se identificar com os personagens principais justamente pela empatia gerada pelo casal principal, Emma Stone confere a Mia uma atmosfera de nostalgia e de sonho, vemos os olhos da atriz brilhando em praticamente todo o filme e principalmente: vemos esperança e fé em um sonho. Ryan Gosling, além de ter passado a vontade de vencer através de um tom de voz calmo, que é irônico e bem humorado ao mesmo tempo, ainda passa a nostalgia usando a musica, o jazz clássico é tão presente na vida do rapaz quanto as roupas em cor neutra que ele usa com frequência.


1/30/2017 01:08:00 PM

Crítica: Moonlight

Crítica: Moonlight


Toda pessoa passa por uma estrada de autoconhecimento, e, na maioria das vezes essa estrada pessoal nunca termina, e nunca acabamos por nos conhecer por completo, mas, é importante sempre mantermos a busca pelo autoconhecimento, mesmo sabendo que ele nunca será completo.

É justamente isso que o diretor Barry Jenkins usa para contar a historia em “Moonlight”. A historia contada é a de Chiron, desde quando ele é apenas um garoto até quando ele se torna um adulto, passando por acontecimentos, descobertas e pessoas que de uma forma ou de outra foram importantes na vida dele.


11/28/2016 01:42:00 PM

Crítica: A Chegada

Crítica: A Chegada


A empatia é o que move o mundo, ou ao menos é o que deveria movê-lo, nos, como humanos, temos que refletir no parâmetro de que o bem e o mal é uma via de mão dupla, tudo o que usamos hoje para trabalho ou lazer é proveniente da guerra, seja da batalha física propriamente dita ou da guerra ideológica, tudo, tudo mesmo, é proveniente da guerra, ou seja, algo mal que gerou coisas que podem (ou não) serem usadas para o bem.

Isso acontece também com a comunicação, com a fala, leitura e com o audiovisual, é justamente esse aspecto que a linguista Louise Banks quer passar para os militares em “A Chegada” dirigido por Denis Villeneuve. O filme conta uma historia baseada no conto “Historia da sua vida” de Ted Chiang, aliens em suas naves pousam em vários pontos do planeta Terra, a dra.Banks é levada pelo exercito americano para fazer a tradução do que os extraterrestres dizem.


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